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Comunicados

A continuaçom transcrevemos os comunicados emitidos por diferentes colectivos do entorno independentista e dos movimentos sociais galegos pola morte de Martinho.

Martinho, os companheiros e companheiras da Fundaçom Artábria nom te esqueceremos

Fundaçom Artábria

O falecimento de Martinho nom só trouxo umha grande tristeza a todas as pessoas que durante estes 12 anos trabalhamos polo projecto da Fundaçom Artábria: lembrou-nos quanto o nosso país e a nossa língua devem à entrega militante de pessoas de grande integridade e compromisso, como o Martinho.

Pessoas como Martinho, que desde o primeiro dia demontrárom grande generosidade para o trabalho colectivo, tenhem sido imprescindíveis para que a Fundaçom Artábria tenha ocupado um espaço na defesa da nossa língua e cultura nacionais na Terra de Trasancos.

Nas tarefas mais ingratas, que nunca figuram nos cartazes e crónicas visuais, na assistência aos actos e iniciativas, no contributo económico e de tempo. Martinho estivo sempre disposto a dar o melhor quando foi necessário.

As companheiras e companheiros da Fundaçom Artábria nunca vamos esquecer todo isso e faremos de Martinho um exemplo permanente de como deve ser um trabalhador, umha trabalhadora da língua e da cultura galega.

Nom te esqueceremos, companheiro!

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Até a vitória sempre, Martinho!

Ceivar

Nesta manhá acaba de deixar-nos o companheiro José Manuel Sanmartim Bouça conhecido por todos e todas nós como “Martinho”. Home bom e generoso onde os houver. Combatente a vida ou morte pola independência nacional deste País.

Nascido em Fene, milita no nacionalismo galego desde jovem e concentra na sua pessoa um abano de virtudes que é pouco comum encontrar reunidas numha mesma pessoa: singelo, generoso, inteligente, entregado absolutamente aos demais, franco, humilde, combativo…

Será essa profunda humanidade a que leve este trabalhador da Bazán de olhada cristalina e sorriso doce a incorporar-se desde jovem à luita nacionalista na AN-PG e a INTG e, com o tempo, assumir os compromissos mais altos no combate ilegal contra a opressom nacional. Correm tempos de reconversom industrial e evidenciam-se os efeitos da integraçom da Galiza na CEE. As convulsons no País refletirám-se também no campo nacionalista.

Martinho incorpora-se ao Exército Guerrilheiro do Povo Galego Ceive (EGPGC) desde os seus começos. Detido numha tentativa de expropriaçom bancária para o financiamento da luita ilegal independentista, ingressa na cadeia sob a condiçom aparente “delinquente comum”. Será em 5 de Fevereiro de 1987 quando no processo que se celebra na Audiência Provincial da Crunha contra ele, Manuel Chao do Barro e Jaime Castro Leal que anuncie publicamente a sua militáncia no EG e seja expulso da sala entre berros de Viva Galiza ceive! Umha recente “reportagem” da TVE destinada à intoxicaçom anti-independentista imortaliza esse momento em que o nosso companheiro, punho em alto, é desalojado por vários polícias.

Tempo depois, sae em liberdade para incorporar-se à clandestinidade num compromisso independentista em que assume todas as consequências. Em Maio de 1988 é capturado de novo no Canhom do Sil junto a outros militantes do EG que se refugiaram na Ribeira Sacra para fugirem da vigiláncia policial. Torturado, ingressa de novo em prisom onde permanece durante 8 anos nos centros de extermínio de Pereiro de Aguiar, Herrera de la Mancha e Alcalá-Meco. Ali Martinho é activo militante no combate da repressom carcerária, participando em chapeios, greves de fame, etc.

De volta ao País, participa nas Juntas Galegas pola Amnistia (JUGA), colabora com a Fundaçom Artábria e alenta o desenvolvimento dumha nova geraçom de independentistas que se incorpora à luita através da AMI. A sua naturalidade e humildade converterám-no rapidamente em referência para toda essa geraçom que tivo o privilégio de compartilhar a sua presença e ouvir o seu conselho sempre humilde.

Ciente da necessidade de unidades independentistas amplas, participa inicialmente no Processo Espiral (2001), mas, com um significativo contingente de militantes, abandona 4 anos depois a organizaçom resultante do processo desde posiçons críticas com a sua linha política e prática social. Incorpora-se assim nesse ano ao colectivo independentista Espaço Irmandinho. Desde 2007 participa e colabora com a iniciativa popular autodeterminista Causa Galiza desde as comarcas da Marinha e Trasancos entre as que repartia o seu tempo.

Praticante da solidariedade na sua dimensom mais ampla, Martinho contribue também com o organismo popular anti-repressivo Ceivar, participa nas Marcha pola Liberdade para reivindicar a repatriaçom e a excarceraçom d@s pres@s independentistas e fai parte nos últimos anos das listagens de visitas carcerárias dumha nova geraçom de presos e presas independentistas que, como ele no seu dia, conhecem hoje o cárcere e a dispersom.
A sua perda deixa-nos um vazio e umha ausência impossíveis de encher. Umha ausência ainda impossível de acreditar quando pensamos a luita e o país sem a sua presença. Martinho foi, é e será para todos e todas nós um exemplo luminoso desses homes e mulheres nos que cristaliza a decisom de ser de todo um povo.

Alguém dixo um dia de chuva, quando despediamos a Ramom Muntxaraz, que o ceu da Galiza chorava polo Moncho. Hoje, esse mesmo ceu, e muitas e muitos de nós, choramos porque nos deixa um dos melhores.
A nossa melhor homenagem, reproduzir o seu exemplo.

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Martinho, quando a luita pola liberdade fai parte das nossas vidas

Assembleia da Mocidade Independentista (AMI)

No dia de hoje deixou-nos o combatente galego José Manuel Sanmartim Bouça. Da AMI quase nom temos palavras para expresar o que o militante galego significava para nós a nível colectivo, pessoal e politico.

Companheiro:

A tua trajectória limpa e clara , a tua dignidade, a tua inteireça, a tua maneira de levar e entender a vida deixará para sempre em nós um pouso impossível de apagar.

Porque nascemos ao lume dos vossos projectos e da raiva da vossa geraçom.

Porque hoje ainda se completa e se continua nas mesmas ideias e factos polos que te entregache e sonhache.

Porque sempre estiveche deste lado, trabalhador, combatente, companheiro.

E porque sabemos que a Terra que hoje te acolherá será livre.

As boas e generosas nom morrem nunca. E a mocidade consciente e combativa nom te imos deixar ir. És a força que fecha os nossos punhos. És o exemplo que guia o nosso caminho.

Chove miudinho, reverenciando a grandeza. Agromando a semente.

E nos montes que che guardárom, medrarám Martinhos.

E nas cadeias nas que resistiche, resistirám Martinhos.

E nos asteleiros luitarám mais Martinhos.

Eis a dignidade deste povo. Eis a valentia. A humildade. A camaradaria.

Eis o amor. Tanto amor, que o suavas. Tanto amor, que o sangravas.

O teu coraçom rebelde e o teu falar pausado seguem mui presentes, fam parte da história do nosso país.

Martinho, à tua memória, o nosso mais profundo respeito. Prometemos nom claudicar.

Viva Galiza ceive e socialista!
A luita é o único caminho!

AMI

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C.S. Mádia Leva!

Fomos muitos e muitas as que onte nos achegamos desde Lugo até Baralhobre para despedir-nos de Martinho, numha homenagem singela e emotiva.

Na Sociedade Cultural Madia Leva! sentimos umha fonda tristura ante o passamento de umha das pessoas que mais significavam para muitas e muitos de nós.
Lembraremo-lo polos momentos (sempre poucos) que compartilhamos com ele no nosso local social, mas também por ser umha referência para nós, um dos pontos fixos do pensamento patriótico deste País. Um dos imprescindíveis.

A súa enorme coerência e o seu sentido comum na luita causava-lhes pavor aos inimigos da Galiza. Ante os tópicos de galego humilde e submisso o companheiro Martinho alçou a figura de galego humilde, mas combativo. Sem estridências, sem afam de reconhecimento, mas com a firmeza e a entrega que demonstrou sempre no seu compromisso militante. Entrega e firmeza que nom botarom abaixo nem os anos de cadeia nem a pressom policial à que foi submetido. Por isso lhe tinham medo.

Hoje ficamos com o seu exemplo, e para nós segue a ser um dos pontos fixos, umha referência na história da Galiza e na nossa luita polos direitos nacionais. É por elo que Martinho vivirá sempre na nossa memória, ajudando-nos nos momentos de medos e fraqueza, servindo de apoio nas nossas dificultades, demostrando que mais aló de autoafirmados líderes e mais aló de rimbombantes textos, é a humanidade das pessoas quem mais contribue a manter vivo este País.

Rematamos transmitindo-lhes o nosso carinho a sua companheira Merce, a sua família, e à inumerável quantidade de amigos e amigas que sementou ao longo da sua vida.

Companheiro Martinho, conhecer-te foi um privilégio, lembrar-te algo inevitável e continuar na luita a nossa obriga!

S.C. Madia Leva!

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Até sempre Martinho!

Nós-Unidade Popular

No dia de hoje, 10 de Novembro, e após luitar nos últimos meses contra umha fulminante doença mortal, falecia na Corunha José M. Sanmartim Bouça “Martinho”.

Operário do metal, a sua dilatada trajectória política estivo ligada sempre com a esquerda nacionalista: militou na UMG para se integrar no EGPGC em meados dos anos oitenta, passando polas prisons e as torturas espanholas.

Já em liberdade, militou na Assembleia Popular do Noroeste, participando no Processo Espiral e na fundaçom de NÓS-UP, em Junho de 2001. Abandonou a nossa organizaçom em 2005, sem por isso deixar de realizar trabalho militante no seio do independentismo revolucionário. Sindicalmente, foi filiado da INTG e depois da CIG. No plano lingüístico e cultural foi um convencido defensor da unidade lingüística galego-luso-brasileira, participando desde o primeiro momento na criaçom do primeiro centro social reintegracionista: o da Fundaçom Artábria.

Sem renunciar à sua independência de critério, Martinho mantivo-se longe de qualquer sectarismo, participando com afám patriótico nas iniciativas políticas que considerava positivas, independentemente de quem as convocasse. Assim foi que ainda pudemos vê-lo no passado 12 de Agosto na convocatória realizada por NÓS-Unidade Popular em memória de Moncho Reboiras na cidade de Ferrol.

A tristeza destas horas nom impede que realizemos um urgente e sincero reconhecimento para a exemplar trajectória de um grande militante da causa da libertaçom nacional da Galiza.

O Martinho faleceu, mas o seu exemplo ficou e sempre fará parte da memória deste povo, como referência fundamental da nossa luita até a independência nacional e o socialismo, numha Galiza livre do patriarcado.

Direcçom Nacional de NÓS-Unidade Popular

Galiza, 10 de Novembro de 2010

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Em memória de Martinho

Movimento pola Base

No dia de hoje deixou-nos José Manuel San-Martim Bouça, “Martinho”, militante independentista de dilatada trajectória.

Desde o MpB queremos somar-nos à dor polo passamento deste grande patriota, que combateu durante largos anos pola liberdade da Galiza desde múltiplas frentes. Operário do Metal e sindicalista, na INTG primeiro e na CIG depois, fixo parte do Exército Guerrilheiro do Povo Galego Ceive e sofreu por elo anos de prissom e disperssom, o que nom impediu a sua reincorporaçom à luita tam aginha como recuperou a liberdade, partizipando en inúmeras iniciativas políticas e sociais.

essoas como Martinho, com coragem, capacidade de entrega, humildade e companheirismo som as imprescindíveis para o conjunto da Esquerda Independentista.

A melhor homenagem para ele será a continuaçom da luita à que dedicou toda a sua vida, da luita por umha Galiza Ceive.

Até sempre, companheiro!

Viva Galiza Ceive e Socialista!

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Reconhecimento e lembrança para José Manuel Sanmartim Bouça, ‘Martinho’

Primeira Linha

Primeira Linha quer reconhecer publicamente a trajectória vital e militante de José Sanmartim Bouça, Martinho, com quem a militáncia do nosso partido partilhou espaços e iniciativas de actuaçom sociopolítica desde finais do século passado.

Como corresponde a um militante revolucionário, Martinho foi um exemplo de firmeza e dignidade durante mais de três décadas de activismo social, cultural e político, participando na maior experiência de luita armada independentista na história contemporánea da Galiza, nas fileiras do EGPGC.

Conheceu as prisons e a tortura, a dispersom e as duras condiçons do mercado laboral para um operário como ele era. Trabalhou em projectos de defesa da língua, culturais, sindicais e de solidariedade antirrepressiva com grande entrega e generosidade.

Como com outros muitos e muitas militantes independentistas e da esquerda revolucionária galega, a militáncia do nosso partido tivo grandes coincidências e legítimas diferenças com o companheiro Martinho. Porém, nada impede que, como revolucionários e revolucionárias, reconheçamos com total honestidade a qualidade humana e política de um proletário galego exemplar, um luitador incansável pola liberdade da Galiza.

Por todo o anterior, o nosso partido manifesta o pesar pola morte de um patriota, junto ao reconhecimento e a lembrança que merece.

Galiza, 10 de Novembro de 2010

Comité Central de Primeira Linha

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Deixounos Martinho

Causa Galiza

Na mañá deste mércores deixounos o compañeiro José Manuel Sam-Martim Bouça ‘Martinho’.

Participante na Causa Galiza desde os seus comezos en 2007, Martinho foi e será para nós un exemplo de xenerosidade, entrega e combatividade na loita pola liberación nacional deste país. Implicado desde novo na loita política e sindical, milita no Exército Guerrilheiro do Povo Galego Ceive (EGPGC) desde os seus inicios, resultando detido, torturado, encarcerado en dúas ocasións e dispersado durante anos ao longo da xeografia penitenciaria española.

Unha vez recuperada a liberdade, Martinho continúa o seu compromiso nacionalista através de distintos proxectos e dinámicas, converténdose nun referente dunha nova xeración de independentistas e caracterizándose pola defensa irrenunciábel dos principios, a humildade e o compañeirismo. Esta iniciativa popular en defensa do dereito de Autodeterminación para a Galiza tivo o grandísimo honor e o orgullo de contar nas súas fileiras cun obreiro, un combatente e un patriota galego da talla humana e política de José Manuel Sanmartim Bouça.

Hoxe, cando a dor nos aperta, queremos recoñecer a ese home sinxelo con esa capacidade tan inusual para formular as cuestións mais complexas da forma máis compreensíbel. Alí onde te encontres, Martinho, que saibas que recollemos o teu esforzo e o teu exemplo e que non pararemos até conquistar a liberdade da patria.

Viva Galiza ceive!


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José Manuel Sanmartim Bouça, ‘Martinho’: Um patriota, um luitador pola independência da Galiza

Publicado o 12 Nov, 2010 Kaos en la Red

No dia 10 de Novembro faleceu José Manuel Sanmartim Bouça, Martinho, depois de dar a sua derradeira batalha contra a doença fatal que acabou com a sua vida.

Originário do noroeste galego, Martinho aderiu às filas do nacionalismo rupturista e autodeterminista galego nos anos em que se verificava a reforma do franquismo em regime monárquico negador das liberdades nacionais e sociais de povos&nbsp como o galego.

A sua militáncia começou como militante juvenil da UMG. Sendo operário do metal nos estaleiros de Trasancos, e em plena crise pola reconversom imposta polo PSOE nos anos 80 do passado século, fijo parte do sector independentista que naqueles anos lançou o Exército Guerrilheiro do Povo Galego Ceive como força armada e popular pola independência e o socialismo.

Deu o melhor da sua juventude à causa independentista, de armas na mao. Foi preso, torturado, dispersado por diferentes cárceres espanhóis até voltar às ruas do nosso país e à luita política, sindical e lingüístico-cultural.

Assumidamente reintegracionista, construiu junto a companheiros e companheiras da Terra de Trasancos a Fundaçom Artábria, como primeiro centro social reintegracionista, participou na constituiçom de NÓS-Unidade Popular, organizaçom que abandonou junto a um grupo de militantes em 2005. No entanto, nom deixou nunca de trabalhar pola mesma causa e pudo ser visto em manifestaçons de Causa Galiza, mobilizaçons do seu sindicato, a CIG, iniciativas da AMI, ou trabalhando para fazer possível o Festival da Terra e da Língua, da Fundaçom Artábria.

Há poucos meses, participou no acto independentista anual em homenagem a Moncho Reboiras, que cada ano NÓS-UP organiza na cidade de Ferrol. Desde aí, a sua derradeira luita foi contra a doença, mas nom por isso deixou de acompanhar a actualidade do País: a greve geral, o desenvolvimento das luitas sociais e da causa da liberdade da Galiza, o afám que o acompanhou ao longo do seu percurso vital.

A do Martinho foi umha vida de entrega à causa colectiva da afirmaçom nacional da Galiza, a partir de um inequívoco compromisso revolucionário de esquerda.

O seu exemplo já fai parte do melhor da história da Galiza, por isso a sua memória continuará viva em cada acto de rebeldia do povo galego.

Centenas de pessoas, poesia e música tradicional despedírom Martinho em Baralhobre

Passadas as 16 horas desta outonal quinta-feira 11 de Novembro, o cemitério municipal de Baralhobre, em Fene, acolheu o ato de despedida ao reconhecido luitador da causa social e nacional galega.

Várias centenas de pessoas e dezenas de bandeiras da Galiza acompanhárom a família de José Manuel Sanmartim Bouça, ‘Martinho’, até o lugar reservado para o descanso dos seus restos, cobertos com umha bandeira da Pátria.

Durante o emocionado percurso, o Hino do Antigo Reino da Galiza solenizou a marcha, numha tarde cinzenta e escura, típica do Outono galego, que ameaçava com chover.

Num ato civil breve e de grande intensidade emocional, o seu amigo e camarada Joám Lopes dirigiu umhas palavras de lembrança e reconhecimento, que alternárom com a poesia e a música das gaitas e da percussom tradicionais galegas.

Os punhos e as bandeiras alçárom-se na interpretaçom dos dous hinos finais: A Internacional, em homenagem ao operário, e o Hino Nacional da Galiza, em reconhecimento ao patriota insubornável que fijo do anelo de liberdade nacional umha razom para viver e luitar.

Nom houvo presença mediática para o bravo luitador do povo, alheio à lógica da informaçom entendida como mercado e capital. Bastárom as báguas, os aplausos e os gritos de amigos e amigas, de velh@s e nov@s camaradas, da vizinhança do lugar que o viu nascer: do povo.

E só umha vez concluída a despedida, a chuva fina caiu sobre o Baralhobre de Martinho.

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Brigadas Antifascistas de Lugo

Deixanos o camarada Martinho D.E.P

Participante na Causa Galiza desde os seus começos em 2007, Martinho foi e será para nós um exemplo de generosidade, entrega e combatividade na luita pola liberaçom nacional deste país. Implicado desde novo na luita política e sindical, milita no Exército Guerrilheiro do Povo Galego Ceive (EGPGC) desde os seus inícios, resultando detido, torturado, encarcerado em duas ocasions e dispersado durante anos ao longo da geografia penitenciária espanhola.

Umha vez recuperada a liberdade, Martinho continua o seu compromisso nacionalista através de distintos projectos e dinámicas, convertendo-se num referente dumha nova geraçom de independentistas e caracterizando-se pola defesa irrenunciável dos princípios, a humildade e o companheirismo. Esta iniciativa popular em defesa do direito de Autodeterminaçom para a Galiza tivo o grandíssimo honor e o orgulho de contar nas suas fileiras com um obreiro, um combatente e um patriota galego da talha humana e política de José Manuel Sanmartim Bouça.

Hoje, quando a dor nos aperta, queremos reconhecer a esse home singelo com essa capacidade tam inusual para formular as questons mais complexas da forma mais simples e compreensível. Ali onde te encontres, Martinho, que saibas que recolhemos o teu esforço e o teu exemplo e que nom pararemos até conquistar a liberdade da terra.

Até sempre, companheiro e irmao!