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Biografia

– Nasceu no concelho de Fene numha família obreira, o 1 de Janeiro de 1959.

-Operário industrial nos asteleiros, fundiu desde a primeira mocidade a consciência de classe com a consciência nacional, como naquela altura (finais dos anos 70 e inícios dos 80) faziam milhares e jovens da Galiza mais industrializada.

-Iniciou-se nas fileiras da Uniom da Mocidade Galega e aderiu ao sindicalismo nacionalista na altura INTG em tempos da reconversom.

– EGPGC (Exército Guerrilheiro do Povo Galego Ceive) nasce no mês de outubro do 1985. Em março de 1986 criará-se a primeira base operativa baptizada com o nome de Moncho Reboiras. Nela estivo Martinho.

-Martinho deixa o seu trabalho nos asteleiros da BAZAN para incorporar-se ao exército independentista, entregando a liquidaçom laboral à causa.

-1986. Primeira detençom o 2 de junho. Martinho é detifo e encarcerado na prisom provincial de Corunha junto ao Manuel Chao do Barro e Jaime Castro Leal. Som acusados dumha expropriaçom dum banco nas Pontes , na detençom sofrem torturas.Primeiros militantes detidos do EG integrantes da primeira base operativa. Denunciam duras torturas a maos da Guarda Civil. Martinho tinha entom 26 anos.

-O 5 de fevereiro de 1987 celebra-se o juízo contra estes três militantes na Audiência Provincial da Corunha. Os 3 nom reconhecem o tribunal , declarám-se membros do Exército . Logo fôrom expulsos da sala. O juízo celebrou-se a porta fechada, ficando nas cercanias algo mais de meio centenar de pessoas. Manuel Chao do Barro e condenado a 3 anos e 2 dias de prisom, Martinho a 2 anos, 6 meses e 1 dia e Jaime Castro a 2 anos.

Como resposta ao juízo o EGPGC fai estourar 7 bombas contra entidades bancárias em distintos pontos da Galiza (Vigo, Ourense, Ferrol, Ponte Vedra, Corunha, Compostela e Lugo) saindo por vez primeira a luz pública.

-Em março Martinho é trasladado a Bonge, mentres que Chao terá de destino Monte Roxo e Castro Leal a Leom.

-O 25 de junho de 1987 é levado a Corunha para assistir a um juízo em Ferrol por falsificaçom do Bilhete de Identidade

-O 13 Agosto de 1986 sae em liberdade condicional.

-Em liberdade volve à luta armada, coloca bombas em infraestruturas energéticas do nosso país, botando abaixo com grande precisom torretas elétricas de alta tensom. Coloca-se à frente da base operativa que comandava.

-Foi o máximo responsável da base guerrilheira de montanha “Augas Limpas”, liderando este acampamento de forma responsável e eficaz. Fijo parte do Estado Maior da sua organizaçom.

-Maio 1987. Coincidindo com o 1º de maio. Bombas contra entidades bancárias em As Pontes, Lugo, Betanços, Corunha, Vigo, Compostela.

-Abril de 1988. 3 Bombas contra as instalaçons de Celulosas e ELNOSA. Voou com explosivos a conduçom de água e a torreta elétrica que alimentava a fábrica de ENCE, paralisando o complexo colonial por vez primeira, numha das melhores açons realizadas polo EG

-Maio de 1988 Bomba destrue o chalet de Fraga em Perbes Minho.

-Maio de 1988. No golpe policial ao EG som detidas 11 pessoas em distintos lugares da Galiza. Além do Martinho, caem Garcia Matos, Arias Curto, Mata-Lobos Rebolo, Suzana Lopes, Manuel Soto,Alfredo Santos, Miguel Campuzano,Manuel Alvares, Pilar Casanova, Joám Arias. Arias Curto e o próprio Martinho tenhem que ser hospitalizados no transcurso dos interrogatórios. O primeiro com pronóstico mui grave.

-Detido polos Grupos de Operaçons Especiais em maio de 1988, levado a umhas ruínas polos serviços secretos espanhóis, de joelhos, com umha corda ao pescoço. Nos interrogatórios da polícia mantivo-se firme. Antes de que conseguissem informaçom e para alertar à organizaçom das detençons atirou-se com todas as suas forças contra a vidraça da sala de interrogatórios, rompendo-se a cabeça. Foi levado ao Hospital Provincial de Ourense onde recebeu trinta pontos se sutura na zona afetada.Quando entrou na cadeia de Ourense tivo forças para pôr-se em greve de fame em protesto polo seu iminente translado a um cárcere espanhol

-9 d@s detid@s passaram primeiro a prisom de Pereiro de Aguiar (Ourense) e som dispersad@s por distintos módulos.

-Junho de 1988. Primeira greve de fame dos pres@s independentistas para nom ser trasladados a Espanha. Martinho participa junto a Garcia Matos, Mata-Lobos Rebolo, Suzana Lopes, Manuel Soto,Alfredo Santos, Miguel Campuzano,Manuel Alvares. O 8 de junho som trasladados a cadeia de Alcalá Meco todos os homes menos Curto que continua hospitalizado. Suzana Lopes vai para Carabanchel –Mulheres.

-Desde a cadeia assina um comunicado do Colectivo de Presos Independentistas Galegos aclarando que só quatro dos encarcerados pertencem ao EGPGC: O próprio Martinho, Garcia Matos, Arias Curto e Mata-Lobos.

Temos muita confiança no nosso projecto político, amis que isso temos confiança no povo galego e na consecuçom de umha Galiza Ceive e Socialista e fugimos de liortas dentro do campo do nacionalismo galego ainda feble e minoritário contra o espanholismo ainda hoje hegemónico na nossa Pátria. Procuramos ganhar-nos o respeito de todas as forças políticas que estám dentro do nacionalismo. A nossa actitude é a de nom respostar a afrentas e valoraçons intencionadas e despectivas e procurar mediante a prática demonstrar a validez e correcçom dos nossos plantejamentos independentistas…”

-Em julho de 1988 sae a luz a Nova Poesia Galega , 1ª Declaraçom do EGPGC.

-Em novembro de 1988 o colectivo de pres@s independentistas de Alcalá Meco apoiam a campanha em Euskal Herria polos seus direitos nacionais somando-se às acçons de protesta que @s pres@s polític@s basc@s levam a cabo em distintas prisons.

-Em março de 1989 Martinho é trasladado a Bonge para ser julgado na Audiência Provincial de Lugo pola requisa de um carro e dinheiro na Renault de Mondonhedo em maio de 1986. Pediu um interprete e nom reconheceu o tribunal. Foi retirado da sala entre berros de “Liberdade” e “Independência” por parte do guerrilheiro e do numeroso público que assistia à vista.

-Em 20 de junho produz-se a dispersom do Colectivo no interior da cadeia de Alcalá Meco, no contexto da dispersom d@s pres@s basc@s . Após um duro pulso com o regime interno da prisom, no que se produzem fortes paliças, os presos galegos conseguem a reunificaçom de todo o colectivo (10 prisioneiros) no Módulo -3 de preventivos.

-Em setembro participa num fechamento nas celas que se alongará durante 7 meses. Os objetivos som imprimir dinámica de luita no exterior, melhorar as condiçons de vida internas, protesta pola deterioraçom da vida carceráriaa todos os níveis e evitar a integraçom no regime penitenciário.

-Em maio de 1990 tem um novo juízo na Audiência Nacional acusado de roubo de 300 cartons do Bilhete de Identidade no quartel da Guarda Civil de Germade. Nom reconhece ao tribunal e assinala que é membro do EG e assume todas as suas açons.

-Em novembro volta de novo ser julgado pola vinculaçom co roubo de materiais explosivos na canteira de Cuinha. Num comunicado público martinho afirmará:

nunca um patriota galego reconhecerá a ningum tribunal espanhol que o pretenda julgar, por ser este umha instituiçom repressora mais do Estado espanhol. Vai ser o Povo galego quem julgue os que lutem pola sua libertaçom nacional e social”

-O 13 de setembro de 1991 o EG leva a cabo a que vai ser a sua última açom armada. O derrubamento com explosivos de duas torretas de alta tensom que deiza sem suministro eléctrico a 15 concelhos da provincia da Corunha. O dia 19 vai-se produzir o últimom golpe importante ao aparelho do EG.

-Nesse mesmo mês as JUGA edita “Informe sobre a tortura” com relatos das torturas sofridas pol@s pres@s independentistas nas suas detençons, foi elaborado integramente na cadeia polos presos e presas e entre eles está o testemunho de Martinho na sua detençom em maio de 1988.

-O 23 de outubro de 1991 serám julgados polas detençons de maio de 1988 Curto, Matos, Martinho, Mata-Lobos,Suzana, Campuzano,Alfredo,Manuel Soto. Os três últimos já em liberdade. Os 4 primeiros declaram pertencer ao EG. A sentença declarou ao EG banda terrorista. Os 4 fam um comunicado no que afirmam :

somos membros do EGPGC porque o colonialismo espanhol que sofre a Galiza e polas suas consequências, alienaçom, auto-ódio, complexo de inferioridade, emigraçom, espoliaçom dos nossos recursos… nem houve nem temos, nem haverá outra opçom para combater o assovalhamento do Estado espanhol… “ “ Só reconhecemos como tribunal ao nosso Povo. Polo tanto rejeitamos este tribunal espanhol”.

Martinho é condeado a 12 anos de prisom ( 8 de prisom maior e multa de 500000 ptas por pertencer ao EGPGC e 4 anos de prisom menor por tenência ilícita de armas)

-Finais de 1991- maio de 1992 aplica-se a política de dispersom com durezaa todo o colectivo. Martinho será trasladado a Herrera partilhando cadea com Curto.

-O 20 de julho começa umha greve de fame junto a 8 pres@s Alexandra Queiroz, Carmo Visso, Josefa, Mata-lobos, Inácio Martins, Curto, Carneiro, Chao do Barro pedindo o reagrupamento numha prisom galega.

-Em novembro de 1992 a Audiência Provincial de Lugo julga a Chao do Barro pola requisa dum carro e dinheiro em Mondonhedo em maio de 1986. Acode como testigo Martinho, que já foi condenado por estes factos. O juízo apenas pode desenvolver-se antes os contínuos incidentes e berros independentistas por parte dos encausados e a numerosa assistência de militantes nacionalistas convocados polas JUGA. Chao nom reconhece o Tribunal o mesmo que fai depois Martinho. Chama-o de tribunal fascista e declara que “se com estes métodos vam tratar de impedir a independência do povo galego estám apanhados”. Ambos os dous som despedidos do julgado entre aplausos, vítores e um forte dispositivo da Polícia espanhola e da Guarda Civil.

-Em maio de 1994 participa num fechamento voluntário nas celasjunto ao resto de presos políticos da cadeia de Valdemoro. Protesta polas condiçons de vida neste centro penitenciário.

– Em junho de 1994 com 36 anos de idade e mais de 7 de cárcere, cumpriu as ¾ partes da sua condea o dia 14 de junho. Contudo Dirección General de Instituciones Penitenciarias denega-lhe a liberdade condicional.

-Em abril de 1996 sae do cárcere com a condea cumprida. No ato de recebimento na sua localidade natal (Fene) o independentista realiza um saúdo público à “Assembleia da mocidade Independentista como umha esperança e um motivo de alegria, para todas as pessoas independentistas que seguem presas”.

-Martinho continuará apoiando a luita independentista nos seguintes anos participando ativamente nas manifestaçons e convocatórias das JUGA. Por exemplo, participa na manifestaçom nacional em Compostela em junho de 1996 ou na concentraçom pola liberdade de Inácio Martins posto em greve de fame diante da sua nova detençom, em dezembro de 1996.

-O 15 de maio de 1997 participa numhas jornadas organizadas por EI Estudantes Independentistas. Levariam a legenda de “Conferências sobre o projeto independentista galego. Semente de umha terra livra. Onte, hoje ,sempre: Independência Nacional”. Martinho falará no terceiro dos dias junto a Arias Curto sobre a experiência do EGPGC. Esta conferência voltará celebrar-se na cidade de Ponte Vedra organizada pola AMI.

– A Fundaçom Artábria inaugurou em 1998 umha nova geraçom de centros sociais criados à margem das instituiçons, por iniciativa de coletivos comprometidos com o idioma da Galiza, que desde essa altura se estendêrom um pouco por todo o País. Participa desde o primeiro momento na sua criaçom na cidade de Ferrol.

-Impulsa e participa na criaçom da COGARRO Coordenadora Galega de Roteiros.

– No 2001 fai parte do Processo Espiral e na criaçom de NÓS Unidade Popular, militando no comarca de Trasancos até 2005.

-No 2007 fai parte de Causa Galiza.